Campo Grande(MS) – Para contribuir na elevação do aspecto emocional e na cura dos traumas ocorridos por abuso e violência, que passaram a maioria das custodiadas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” e prepará-las para o retorno e convívio social após o cumprimento da penalidade, a Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) firmou parceria com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Associação Pro-Eva com o Programa de Empoderamento a Vítimas de Abusos.
O programa elaborado pela Associação Pro-Eva (Programa de Empoderamento a Vítimas de Abusos) conta com uma equipe multidisciplinar composta por psicóloga, advogada, assistente social e pedagogas, o intuito é contribuir na elevação da autoestima, resgate da dignidade e perspectivas de futuro para as mulheres afetadas por traumas e violências as quais passaram a maioria das custodiadas do Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” e prepará-las para o retorno e convívio social após o cumprimento da penalidade. De autoria da psicóloga e coach da Funtrab, Giseli Oliveira, a realização do programa no Instituto Penal Irmã Irma Zorzi é uma iniciativa da Funtrab na pessoa do diretor presidente Wilton Acosta, com a Associação Pro-eva, na pessoa da presidente Glória Eduarda Sotério Martins e a Agepen na pessoa do diretor-presidente Ailton Stropa Garcia.
O programa consiste em 14 reuniões com palestras, dinâmicas de grupo onde cada participante é estimulada a compartilhar sua historia e a superar seus traumas, ressignificando sua vida e tendo novas perspectivas de futuro sem violência. A violência contra mulher é uma ação que persiste mesmo com várias políticas públicas implantadas, campanhas e outras ações que visam combater à violência contra as mulheres. Foram ministradas palestras referentes aos temas, oficinas de compartilhamento de experiências, orientação psicológica, dinâmicas de grupo e outras atividades. Os resultados são: elevação da autoestima e dignidade, aumento da afetividade, valorização da vida e do semelhante e a quebra do ciclo de violência.
A custodiada Alessandra Morais sentiu-se renovada com a iniciativa. ”Através do Programa, aprendi a ter auto-controle sobre meus sentimentos, compaixão, perseverança e principalmente, amor por mim mesma. Deixei de me sentir despida, está sendo um recomeço pra mim”, relata a participante.
O programa teve carga horária de 40 horas, com início no dia 15 de dezembro do ano passado e término em 15 de março deste ano, iniciando com 20 mulheres e com 15 concluintes.
Cláudia Yuri
Assessoria de Comunicação Funtrab