Campo Grande (MS) – Como ação da campanha de “Combate ao Assédio Moral e Sexual”, nos espaços públicos (rua, transporte público) e privados (nas relações de trabalho), a Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres (SPPM), pasta ligada à Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho (Sedhast), realizou na quarta-feira (25), na Capital, Roda de Conversa sobre o tema, direcionada aos servidores da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), e trabalhadores e trabalhadoras que aguardavam atendimento, totalizando aproximadamente 300 pessoas.
De acordo com a técnica da SPPM, Nancineide Cássia, uma das palestrantes da manhã, a ocasião foi bem produtiva e serviu para subsidiar com informações não só os que aguardavam atendimento, mas também os servidores da parceira Funtrab. “Além da apresentação por slides, também distribuímos material impresso sobre a campanha”, disse.
Ainda como ação da Campanha será realizado na Uniderp, o evento Diálogos e Desafios sobre “Assédio Moral e Sexual nos Espaços Públicos e Privados nas relações de Trabalho”, no próximo dia 30 de Maio, às 19h, no Auditório VII. Participarão a procuradora do Trabalho Simone Beatriz Assis de Rezende, professora Raimunda Luzia de Brito e a professora Juliane Penteado Santana, direcionado aos acadêmicos de Direito.
Pesquisa
Pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid, mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades. O levantamento mostra que o assédio em espaços públicos é um problema global, já que, na Tailândia, também 86% das mulheres entrevistadas, 79% na Índia, e 75% na Inglaterra já vivenciaram o mesmo problema.
A pesquisa foi feita pelo Instituto YouGov no Brasil, na Índia, na Tailândia e no Reino Unido e ouviu 2.500 mulheres com idade acima de 16 anos nas principais cidades destes quatro países. No Brasil, foram pesquisadas 503 mulheres de todas as regiões do país. Segundo a pesquisa a região Centro-Oeste, é onde as mulheres mais sofreram assédio nas ruas, com 92% de incidência do problema.
Leomar Alves Rosa (Assessoria Sedhast)