A Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab) participou, na última segunda-feira (06), de uma reunião online com os membros da Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A iniciativa faz parte de uma pesquisa conduzida pelos estudantes de direito da universidade, que tem como objetivo analisar as ações de instituições que atuam no combate ao trabalho escravo e infantil no Brasil.
Representando a Funtrab, estiveram presentes a diretora-presidente, Marina Dobashi, e o trainee de Gestão Pública, José Luiz de Oliveira Neto. Durante a reunião, eles apresentaram as iniciativas desenvolvidas pela Funtrab nessa área, destacando o compromisso da instituição com a proteção dos direitos trabalhistas e a erradicação de práticas análogas à escravidão.
Entre as ações apresentadas, destacam-se:
Criação da Coetrae/MS: A Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo foi instituída em 2019 e tem como objetivo principal desenvolver políticas públicas voltadas ao enfrentamento do trabalho escravo no estado, em parceria com diversas instituições.
Intermediação de trabalhadores indígenas: Desde 2015, a Funtrab realiza ações para garantir a intermediação justa de trabalhadores indígenas em colheitas de maçãs nos estados do Sul do Brasil. Esse trabalho é feito em parceria com o Ministério Público do Trabalho e outras organizações, garantindo que os direitos trabalhistas sejam respeitados.
A reunião reforçou a importância da articulação entre instituições de ensino e órgãos governamentais para o enfrentamento do trabalho escravo. “Compartilhar nossa experiência e aprender com outras instituições é essencial para avançarmos na garantia de direitos e dignidade aos trabalhadores”, destacou Marina Dobashi.
José Neto destaca que, como a Funtrab não é um órgão fiscalizador, o trabalho feito é mais como colaboradora e parceira.
“Procuramos sempre garantir que os trabalhadores sejam intermediados de forma adequada e com todos os direitos trabalhistas garantidos. Para isso, fazemos visitas e monitoramento em todo o Mato Grosso do Sul”, completa.
A Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG, fundada em parceria com a Universidade de Michigan, atua nos eixos de ensino, pesquisa e extensão, oferecendo assistência jurídica gratuita a vítimas e capacitando alunos para enfrentarem essas questões. Essa colaboração é um exemplo de como a integração entre diferentes setores pode gerar impactos significativos no combate a violações de direitos humanos.
Assessoria de Comunicação Funtrab.