Campo Grande (MS) – Por conta da pandemia do Covid-19 foi necessário reformular a intermediação de mão de obra indígena para o cultivo de maçã/ safra 2021 no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, para que haja total segurança aos trabalhadores, será elaborado protocolos de segurança, para proteger os trabalhadores indígenas, em especial do Coronavírus, para tanto a Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) realizou uma reunião nesta manhã de terça( 20.10).
Participaram da reunião o diretor-presidente da Funtrab, Marcos Derzi, o coordenador do trabalho da Funtrab, Antônio Modesto, o procurador do Trabalho Jeferson Pereira, o presidente da ATIN (Associação do Trabalhadores Indígenas) José Carlos Pacheco e as representantes da Coetrae/MS (Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo no MS), Maria Zilda da Silva Lourenço, Rosália Aparecida Ferreira da Silva e Ana Fátima Belalian.
O procurador Jeferson Pereira destacou a importância da categoria, e a necessidade da geração de oportunidades, “o que os indígenas querem é trabalhar e o MPT (Ministério Público do Trabalho) tem a preocupação para que esse trabalhador tenha condições dignas, com todos os cuidados necessários para não haver exploração, trabalho degradante, escravo e segurança, principalmente com a contaminação do Covid-19”, pontua.
A Funtrab realiza essa ação desde 2015, a safra de 2019/20 contratou 5.163 trabalhadores indígenas das etnias guarani-kaiowá e terena do Estado, todos amparados pelo regime da Lei CLT.
O diretor-presidente da Funtrab Marcos Derzi, ressaltou a importância da Fundação como agência pública, na captação, intermediação e acompanhamento da colocação desses trabalhadores, “ é necessário um plano de trabalho, para respeitar todos os protocolos de segurança, tais como, gerenciamento das filas sem aglomerações, distanciamentos, uso de equipamentos adequados, máscaras e álcool”, destacou.
Para a safra 2021 serão cerca de 5.000 vagas, em parcerias com sete empresas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as vagas já foram intermediadas e estão na etapa de atualização cadastral dos trabalhadores que foram cadastrados em janeiro deste ano, e estarão disponíveis para contratações a partir do mês de janeiro de 2021. A mão de obra sairá dos municípios de Aquidauana, Amambai, Miranda, Iguatemi, Sidrolândia, Dourados e Ponta Porã.
Além dos protocolos de biossegurança tudo será feito com segurança jurídica. As empresas pagam o mesmo salário-base, mas o rendimento bruto pode variar de acordo com outras vantagens oferecidas, como gratificação por produtividade, por exemplo, podendo chegar à casa dos R$ 3 mil, são oferecidos o custo do transporte dos índios (ida e retorno), alimentação, alojamento e cesta básica.
Magna Melo
Fotos: Luiz Valney(Xuxa)