Campo Grande(MS) – Uma parceria entre o Ministério Público do Trabalho(MPT), Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho em Mato Grosso do Sul(CPIFCT/MS), Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul(Funtrab) e empresas de SC e RS prevêem a colocação de 3.531 indígenas no mercado de trabalho ainda neste ano.
O MPT é responsável pela formalização e fiscalização do processo de contratação, a Funtrab será responsável pela seleção da mão de obra e elaboração dos contratos e as empresas Frutini, Rasip, Agrícola Fraiburgo e Fischer fornecerão os postos de trabalho.
A parceria estabelece que, além do salário, as empresas forneçam o transporte, hospedagem e alimentação. A distância das aldeias de MS e as cidades da região sul chega a mil quilômetros. A previsão é de que dois mil indígenas das tribos terena e guarani sejam contratadas a partir de janeiro de 2019 para o trabalho em lavouras, especialmente na colheita de maçãs.
Segundo dados da Funtrab, o número de contratações anuais de indígenas de Mato Grosso do Sul pelas quatro empresas citadas são as seguintes:
Ano Contratações
2014 – 2.937
2015 – 2.723
2016 – 2.620
2017 – 3.069
2018 – 3.531
Aldeias em Amambai e Coronel Sapucaia
Equipes da Funtrab estiveram nesta quinta-feira(13), prestando atendimento na aldeia Amambai, de Amambai e na Aldeia Taquapery, de Coronel Sapucaia.
O diretor-presidente da Funtrab, Clistiano Fernandes, afirma que a parceria tem sido compensadora ao Estado. “Estamos realizando o recadastramento diretamente nas aldeias guarani-kaiowá e somente hoje, foram mais de 400 atendimentos. A contratação está prevista para ser realizada em janeiro de 2019”, conclui.
Há quatro anos que essa parceria consolida uma oportunidade ímpar, pois os indígenas eram habituados a trabalhar em lavouras de cana e no entanto, muitos ficaram sem ocupação devido à mecanização aplicada nos canaviais e o fechamento de usinas em Mato Grosso do Sul.
Cláudia Yuri (Fundação do Trabalho de MS/Funtrab)