Campo Grande (MS) – Atendendo aos anseios das comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, através da Funtrab/Banco Cidadão, está adequando suas linhas de créditos para atender da melhor maneira possível as comunidades dos povos indígenas do Estado.
De acordo com a diretora do Banco Cidadão, Arlei Coleone, a ideia é aumentar o crédito liberado para os indígenas empreendedores de forma rápida e fácil, sem entraves burocráticos. “Queremos atender as aldeias e toda a comunidade indígena de acordo com suas necessidades culturais”, disse.
Esse tipo de ação do Banco Cidadão vem de encontro ao tipo de crédito que a população indígena de Mato Grosso do Sul necessita. Para a diretora do Banco do Cidadão, foi possível identificar, através da capacitação de agentes de crédito indígenas, que a não há necessidade da criação de uma linha de crédito específica para os índios, mais sim adequar as linhas existentes para atender as comunidades.
“As comunidades indígenas que produzem sorvete, por exemplo, não necessitam de crédito para a compra de leite e outros materiais para a fabricação do produto, eles querem o dinheiro para a compra de uma vaca que produzirá o leite que será utilizado na fabricação do sorvete”, explica a diretora do Banco.
Esse trabalho de liberação de crédito está iniciando com três aldeias, Kadiwéu, Terena e Kinikinau, mas que em breve será estendido à todas as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul. Hoje as linhas de crédito para os indígenas empreendedores são de R$ 2 mil, com juros de 1% ao mês e de 10 mil também com 1% de juros ao mês.
“A linha de crédito de R$ 2 mil vai atender uma grande quantidade de empreendedores nas aldeias, pela sua taxa de juros baixa e pela facilidade na liberação do crédito”, afirma a diretora Arlei Coleone.
Ela conta ainda que, durante a capacitação feita pelo Banco Cidadão com os agentes de crédito indígenas, houveram relatos de que o Governo do Estado está olhando pela primeira vez para os jovens das aldeias, que antes não tiveram acesso ao crédito para empreender. “Eles nos relataram que nunca haviam sido lembrados pelo poder público, e agradeceram o trabalho feito pelo Governo em levar o crédito até as aldeias”, finalizou.
Texto: Leandro Ferreira, da Subsecretaria de Comunicação
Foto: Leomar Rosa – Sedhast