O Governo do Estado tem atuado de forma efetiva no projeto de implantação da Rota Bioceânica, importante corredor de integração rodoviária que ligará o Atlântico ao Pacífico rumo ao mercado asiático. A obra que vai ligar Brasil, Paraguai, Argentina e Chile traz inúmeras perspectivas de desenvolvimento para essas localidades, em especial os Estados e municípios que fazem parte da travessia. Em Mato Grosso do Sul a economia criativa desponta nesse cenário promissor de novos negócios, emprego e renda.
A Rota Bioceânica motivou uma iniciativa de cooperação internacional pela Associação Sul-mato-grossense de Startups (StartupMS) que está mapeando lideranças de inovação no Paraguai, Argentina e Chile.
“Entendemos que o estado pode ser um ponto de entrada para startups da América Latina no Brasil”, afirmou ao Valor Econômico, o diretor da Associação Sul-mato-grossense de Startups (StartupMS), Luiz Soares Alves.
Na avaliação do diretor-presidente da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect) Márcio de Araújo, a consolidação da Rota Bioceânica irá acelerar ainda mais o ambiente de inovação e tecnologia no Estado. “Além dos estudos que poderá gerar, o acesso aos suprimentos e a inserção em redes tornará nosso estado ainda mais competitivo”.
O ecossistema de inovação em Mato Grosso do Sul conta com diversos agentes e ambientes de inovação em crescimento, e que recebem o apoio da Fundect, entre eles o Living Lab no SEBRAE e Litech na OAB. “O Estado ainda não tem um Parque Tecnológico efetivamente implantando, mas a FUNDECT e a SEMAGRO tem investido no Parque Tecnológico de Ponta Porã – Ptin, quem está em estágios avançados de efetivação para que possa apoiar iniciativas tecnológicas”.
A Fundect também atua nas instituições de ensino superior. “Nas universidades há os Núcleos de Inovação Tecnológica, que são habitats de inovação, instituídas como promotoras e apoiadoras da inovação no âmbito acadêmico. Quase todas as universidades do estado tem um NIT instituído, tais como, AGINOVA-UFMS, NIT-UEMS, S-INOVA-UCDB, INOVA-UNIGRAN, NIT-UFGD”, pontua.
Neste ecossistema o Governo do Estado tem fomentado diretamente ideias e empreendimentos inovadores por meio dos Programas Centelha e Tecnova (em conjunto com a FINEP), que 2020 distribuíram R$ 3,95 milhões por meio de editais de subvenção econômica.
Para 2021 estão previstos mais R$ 3 milhões por meio do Programa do Centelha II, a selecionar 50 projetos com ideias inovadoras. “Por meio do TECNOVA I e II e Programa Centelha I já apoiamos 48 empresas inovadoras, e neste ano de 2021 teremos outras 50 apoiadas. Trata-se de uma tendência de crescimento ano a ano, pois a Fundect adotou o investimento no empreendedorismo tecnológico como estratégia de apoio ao desenvolvimento do Estado”, destaca Márcio.
Obra estadual amplia competitividade na região