Na segunda-feira (02/06), trabalhadores indígenas foram encaminhados para atuar na colheita de maçãs na empresa Fischer, localizada em Fraiburgo(SC).
A iniciativa visa proporcionar oportunidades de trabalho e renda para as comunidades indígenas, além de atender à demanda da empresa por mão de obra durante a safra. Os indígenas recebem salário por produtividade, além de um salário base, e seu trabalho ajuda a impulsionar a economia das comunidades indígenas em Mato Grosso do Sul.
Conforme informações do gestor da Casa do Trabalhador José Roberto Barros, embarcaram 42 trabalhadores indígenas da aldeia Pirajuí e da aldeia Sassoró, situadas nos municípios de Paranhos e Tacuru.
O trabalho na cadeia produtiva da maçã consiste em duas etapas: poda e o raleio; depois, a colheita, a seleção e o encaixotamento das frutas. As contratações também podem se estender para outras ocupações da atividade, como operadores de máquinas, tratoristas, dentre outras.
A empresa Fischer, junto com outras como Frutini, Rasip e Agrícola Fraiburgo, faz parte de um sistema de parceria com o Governo de MS e o Ministério Público do Trabalho (MPT) para garantir a contratação de indígenas em lavouras de frutas.
A intenção é evitar o recrutamento de trabalhadores apenas como diaristas e sem vínculo formal de emprego, assim como impedir o aliciamento clandestino de indígenas feitos por intermediários ou empreiteiros de mão de obra.
A Fundação do Trabalho é responsável pelo cadastro, intermediação de mão-de-obra e encaminhamento ao trabalho. Desde 2015, o Governo do Estado, por meio da Funtrab, vinculada à Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), assumiu a função de cadastro e encaminhamento dos indígenas para as empresas integrantes do setor produtivo da cultura da maçã da região Sul do país.
Cláudia Yuri, Funtrab