Com a inclusão de pessoas com deficiência, o serviço público de Mato Grosso do Sul está promovendo igualdade e acessibilidade, confirmados com um trabalho de excelência de servidores que se destacam, como Elza Maria Cardoso e Vitor Leandro Narcizo, que atuam no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
São duas personalidades que ajudam a promover a gestão ambiental, visando o desenvolvimento sustentável no Estado, missão do órgão. Elza é fiscal ambiental na unidade do município de Dourados e Vitor é engenheiro sanitarista e ambiental na capital, Campo Grande.
A rotina no ambiente de trabalho passa por algumas adaptações conforme a necessidade da deficiência. Os servidores convivem com a restrição da mobilidade motora, que impedem os mesmos de fazer alguma atividade ou outra, como visitas na área rural. A servidora douradense, que tem paralisia infantil, explica como funciona.
“No caso dos serviços externos, por exemplo as vistorias, priorizamos locais que tenham acessibilidade. Lecionei no município e na UFMS. Sim existem restrições. Depois que passei ao uso de muletas deixei de participar dos EIA/RIMA que exigiam acompanhar a equipe em vistoria de campo em fazendas. Agora, procuro participar de ações de educação ambiental”, relata Elza, que atualmente trabalha recebendo documentos, dando orientações ao público e ajudando na montagem de processos administrativos de licenciamento ambiental.
Compartilhando do mesmo pensamento, tanto Elza, quanto Vitor, relatam que a deficiência pouco interfere na relação com os demais colegas. O serviço e a amizade são intensos e prazerosos, fazendo o membro da gerência de licenciamento ambiental se esquecer da sua limitação física.
“Tenho orgulho de trabalhar no Imasul por conta disso. Todos os meus colegas sempre me auxiliam no que preciso e me tratam de uma forma igualitária que até me esqueço da deficiência”, diz Vitor, com o sentimento de felicidade presente na fala.
Os dois servidores seguem realizando seu trabalho, mas com todos os cuidados impostos pelas autoridades de saúde e pelas autoridades políticas por causa da pandemia do novo coronavírus. Para o engenheiro, que também faz parte do grupo de risco, o fato de não poder mais ir até o local de trabalho é compensado pelo fortalecimento do contato entre ele e o chefe imediato. O uso do computador e do smartphone para fins trabalhistas faz ele estar junto com o restante da equipe, mesmo em lugares diferentes.
Não somente no Imasul, mas em outros órgãos e espaços do governo estadual, pessoas com deficiência desempenham suas funções com competência, além de tornarem mais vigorosa, a igualdade.
A servidora Elza fala do exercício de humanidade no mercado de trabalho na hora de empregar deficientes físicos. “Considero muito importante inseri-los no mercado porque muitos podem contribuir com a sociedade e sentem valorizados fazendo isso. Dessa forma, creio que devem ser avaliados os tipos de deficiência, e depois disso, indicar onde as pessoas podem contribuir cada qual com suas particularidades. Para mim, é um ato humanitário porque existem muitos deficientes dependendo de auxílios governamentais e que podem ser produtivos dentro da sociedade e de suas famílias”.
Davi Nunes Souza, SAD