Campo Grande (MS) – Nesta semana as servidoras públicas da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), receberam uma palestra com informações sobre saúde da mulher, em especial sobre prevenção contra o câncer. A iniciativa é da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Campo Grande e do Hospital de Câncer de Campo Grande Alfredo Abrão.
Uma equipe disciplinar realizou a palestra, em um ambiente descontraído onde as servidoras puderam esclarecer dúvidas, também receberam materiais com instruções sobre como realizar os testes para detectar possíveis nódulos.
Cenário do Câncer em MS
O Câncer de Mama ainda é uma das doenças com maior incidência em mulheres em Mato Grosso do Sul. No Brasil, o Câncer do Colo do Útero é a quarta causa de morte por câncer em mulheres. O número de casos novos estimado para 2014 e 2015 é de 15.590, com um risco de 15,3 casos a cada 100 mil mulheres. Em Mato Grosso do Sul, a estimativa é de 29,9 casos novos a cada 100 mil mulheres. Em relação à mortalidade, na última década (2001-2010), o Estado apresentou, em média, 80 óbitos anuais, sendo a faixa etária mais atingida, a que contempla às mulheres entre 40 a 49 anos (21,0%), seguida por aquelas entre 60 e 69 anos (20,8%) e, por fim, as entre 50 e 59 anos (20,1%). Vale ressaltar, que Mato Grosso do Sul apresenta taxa de incidência e de mortalidade bem acima da media nacional sendo comparado com Amazonas, Tocantins, Maranhão e Piauí.
De acordo com as estimativas de incidência de Câncer de Mama projetadas pelo Instituto Nacional do Câncer – INCA para o ano 2014/2015, o Estado de Mato Grosso do Sul deve registrar por ano 770 caso novos com uma taxas (62,65 por 100.000 mulheres), juntamente com o Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, enquadrando-se na faixa com taxas que variam de 55,68 a 96,47 /100.000 mulheres. Além disso, Mato Grosso do Sul tem registrado em media nos últimos cinco anos (2010-2015) 160 óbitos por ano, mostrando que é preciso implementar o programa de rastreamento por meio de mamografias, bem como facilitar e agilizar o exame e tratamento até 60 dias após o diagnóstico.
Com informações da Secretaria de Estado e de Saúde do MS