Campo Grande (MS) – Neste ano, desde o início de janeiro foram encaminhados mais de 3 mil de indígenas, que estão contratados para colheita de maçã nos pomares de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, ainda há vagas em aberto e mais trabalhadores são encaminhados, pois a colheita ocorre até o mês de maio.
A Fundação do Trabalho de MS (Funtrab) encaminhou a supervisora da intermediação de mão de obra Maria Zilda da Silva Lourenço, e a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo de Mato Grosso do Sul (Coetrae/MS) encaminhou a técnica Rosália Ferreira, para acompanhar e verificar como estão as condições de trabalho dos indígenas do MS.
A Funtrab e Coetrae, têm participado ativamente de inspeções in loco nas instalações físicas nas fazendas e nos pomares de macieiras, para acompanhar de perto e saber como são desenvolvidas as atividades produtivas, as condições sanitárias e conforto dos alojamentos, refeitórios, alimentação, como é executado o transporte para as frentes de trabalho, dentre outros.
Outra preocupação referente as contratações de indígenas e a continuidade da aplicação dos planos de biossegurança elaborados pelos empregadores e dos protocolos sanitários estipulados pelas autoridades de saúde pública com foco na prevenção ao contágio por Covid-19.
O emprego da maçã aquece a economia dos municípios adjacentes às 78 comunidades indígenas de origem, ao final da safra, quando os trabalhadores recebem os rendimentos que serão injetados comércios locais como de Amambai, Coronel Sapucaia, Dourados, Japorã, Iguatemi, Aquidauana, Anastácio, Miranda e Caarapó.
As empresas contratantes pagam o salário-base (em torno de R$ 1,3 mil), mas o rendimento bruto pode variar de acordo com outras vantagens oferecidas, como gratificação por produtividade, pode chegar a quase R$ 3 mil. Os empregadores também arcam com o custo do transporte dos indígenas (ida e retorno), alimentação, alojamento e cesta básica.
Funtrab realiza essa ação desde 2015, por meio de parceria entre Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho (MPT), Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho (Coetrae) e Coletivo dos Trabalhadores Indígenas, e os empresários.
Safra
A safra/2022 da maçã ocorrerá de janeiro a maio, neste período ocorrem às colheitas nas macieiras, que duram em média 120 dias, por isso as vagas são temporárias, os indígenas irão colher, selecionar e encaixotar as maçãs.