Campo Grande (MS) – A Fundação do Trabalho de MS (Funtrab) desde 2015 em parceria realiza intermediação de mão de obra para indígenas atuarem nas lavouras de maçã nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nesta época as macieiras estão com seus frutos verdes, é o período que ocorrem o raleio das maçãs, a colheita ocorrerá no em janeiro do próximo ano.
Na última quinta-feira (01.12), a coordenadora do trabalho da Funtrab Maysa Cavalcante se reuniu com os gestores e servidores das Casas do Trabalhador do interior, José Roberto Barros (Iguatemi), Gerson Gonçalves (Aquidauana), Maíra Begossi (Aquidauana), Provenir Júnior (Amambai), Solange Mariano (Amambai), Joelma Matos (gerente IMO Campo Grande), para tratar dos detalhes da intermediação de mão de obra indígena na colheita da maçã.
Cabe ressaltar que neste ano, as empresas que participam dessa parceria já ofereceram vagas para indígenas interessados em trabalhar nas lavouras de maçã na realização do raleio. As intermediações estão sendo feitas nas Casas do Trabalhador em Aquidauana (88 vagas), Amambai (110), Miranda (86). As empresas oferecem alojamento, alimentação, transporte, e o salário oferecido é a partir de R$ 1.610,00, acrescidos de benefícios.
A Funtrab por meio dessa parceria garantiu trabalho e geração de renda para 17.663 trabalhadores indígenas. A coordenadora do Trabalho Maísa Cavalcante destaca a importância dessa parceria, “ a partir de dezembro faremos a intermediação para a colheita, e nesse ano a expectativa é garantir mais oportunidades aos indígenas”, destaca Maysa.
A Funtrab realiza essa ação desde 2015, por meio de parceria entre Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho (MPT), Comissão Permanente de Investigação e Fiscalização das Condições de Trabalho (Coetrae) e Coletivo dos Trabalhadores Indígenas.
Raleio
O raleio é uma das práticas mais antigas na cultura da macieira, sem a qual não seria possível produzir frutos de qualidade. Quando muitos frutos se desenvolvem na planta simultaneamente, geralmente não adquirem adequado tamanho e qualidade no momento da colheita. Dessa forma, o raleio é necessário para ajustar o número de frutos na planta, de forma que as maçãs restantes apresentem tamanho adequado à aceitação comercial.
Colheita
O trabalho desenvolvido pelos indígenas nas macieiras, de colheita, seleção e encaixotamento das maçãs ocorre entre os meses de janeiro e maio. O emprego da maçã aquece a economia dos municípios ao redor das 78 comunidades indígenas de origem desses profissionais que ao final da safra, retornam para suas famílias com seus rendimentos, e movimentam o comércio de cidades como Amambai, Coronel Sapucaia, Dourados, Japorã, Iguatemi, Aquidauana, Anastácio, Miranda e Caarapó.