Desempregado há dois meses, com ensino médio completo e sem muitas perspectivas para o futuro, o jovem Gustavo Henrique Leandro Garcia, de 22 anos, veio acompanhado de seu pai, Flávio Garcia para tentar uma entrevista de emprego na Fundação do Trabalho de MS(Funtrab) nesta terça-feira(02/07).
O jovem Gustavo possui transtorno do desenvolvimento caracterizado por um funcionamento intelectual abaixo da média, é considerado uma Pessoa Com Deficiência (PcD), o que não impediu de ter uma experiência anterior de dois anos como auxiliar de produção e empilhador em outra empresa.
Portanto, na manhã desta terça, na realização do Feirão da Empregabilidade, Gustavo foi atendido pelo Serviço Social do Trabalho mediante apresentação do laudo médico atualizado e coincidentemente, uma indústria da Capital disponibilizava a vaga de auxiliar de linha de produção. Após ser entrevistado pela empregadora, foi imediatamente contratado e entusiasmado, o jovem não vê a hora de iniciar o trabalho nesta semana para conhecer o setor.
Além do salário mensal, ele terá direito às refeições na indústria, transporte fretado, cartão-alimentação, assistência médica-odontológica e outros benefícios. Orgulhoso do filho, o pai relata que ele ajuda bastante no orçamento familiar (integrada pelo pai, mãe e três filhos) e Gustavo já faz planos. “Pretendo investir numa habilitação CNH-B e comprar um carro. Antes disso, quero reformar meu quarto”, revela.
Serviço Social do Trabalho – O setor de Serviço Social da Funtrab realiza os atendimentos de forma humanizada, visando contribuir para o bem comum da sociedade. Composto por assistentes sociais, este serviço requer sensibilidade e um reolhar diante da situação em que se encontram, seja de natureza socioeconômica, seja biopsicossocial. Efetuam a análise, a elaboração, a coordenação e a execução de planos para que as políticas e direitos sociais sejam acessíveis para a população em geral.
O público-alvo do setor abrange prioritariamente: a PcD (Pessoa com Deficiência); o menor aprendiz (14 a 17 anos); o aprendiz (18 a 23 anos); os adultos acima de 40 anos que apresentem dificuldade de inserção no mercado de trabalho; a melhor idade (abrangida acima de 50 anos) e a terceira idade. As mulheres vítimas de violência doméstica também pertencem ao público especial, assim como os estrangeiros, refugiados, indígenas residentes na Capital, dentre outros.
As regras aplicadas para incentivar a contratação de PcD funcionam como forma de reparação histórica. Enfim, com um PcD, o quadro de funcionários da empresa será mais diversificado. Para a diretora-presidente da Funtrab, Marina Dobashi, isso fará com que haja uma maior inclusão. “Além de que, eles só agregarão aos processos de suas designadas equipes. Essa convivência possibilita a troca de diversas experiências, o que humaniza a empresa e permite tanto o crescimento profissional quanto o pessoal”, assegura a dirigente.
Cláudia Yuri, Funtrab
Fotos: Luiz Valney(Xuxa)