Em todo Brasil, apenas Mato Grosso do Sul e Roraima registraram saldo positivo na geração de novos postos de trabalho no acumulado de 2016
Campo Grande (MS) – O Estado de Mato Grosso do Sul foi um dos últimos a entrar na crise econômica nacional e é o primeiro a deixá-la para trás. A constatação é do Coordenador de Estudos e Pesquisas da Fundação do Trabalho de MS (Funtrab), Jorge Goya, que realizou estudo com base nos números referentes ao saldo positivo da geração de empregos, finanças públicas e arrecadação de tributos federais.
Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), entre os 27 estados da federação somente Mato Grosso do Sul e Roraima registraram saldo positivo na geração de novos postos de trabalho, no acumulado de janeiro a novembro de 2016.
De acordo com Goya, o saldo de empregos se manteve positivo no período, mesmo frente ao cenário de recessão, o que é um indicador importante na retomada do crescimento. “Estivemos entre os três primeiros da federação. No mês de novembro, Mato Grosso do Sul se consagra em 1º lugar com um percentual relativo de crescimento de 1,30% que representa, em números absolutos, 6.726 novas vagas com carteira assinada. Esse é um dado muito importante, principalmente no momento em que todos os estados estão em busca de soluções para enfrentamento da recessão”, explicou o coordenador da Funtrab.
Nas finanças públicas, Goya reforça que MS se encontra entre os cinco estados que a duras penas vêm conseguindo manter as contas públicas em ordem. “Apesar da onda de quebradeira que assola o país, a gestão de governo no MS vem conseguindo passar por este momento negativo com eficiência. Outro importante indicador é a arrecadação dos tributos federais, que se manteve estável, na casa dos R$ 600 milhões por mês”, considerou Goya.
Enfrentando a crise
Desde que assumiu o mandato, o governador Reinaldo Azambuja e sua equipe econômica vêm executando medidas para reduzir o gasto com a máquina pública, sem comprometer a entrega de serviços públicos à população. Assim, foram reduzidas o número de secretarias de 15 para 13, o número de comissionados em 20% e até mesmo o corte do próprio salário de governador pela metade. As compras governamentais foram revistas, reduzindo os gastos somente em 2015, em R$ 850 milhões.
Na avaliação de Reinaldo, as medidas austeras que foram tomadas no início de sua gestão, com aumento de tributos dos supérfluos, ITCD e redução no desconto do IPVA, foram essenciais para manter a saúde econômica de Mato Grosso do Sul.
“Foram medidas amargas que hoje se mostram essenciais para nossa gestão. Por meio delas, conseguimos manter o equilíbrio das contas, cumprir todas as obrigações fiscais, financeiras e orçamentárias, além do reforçar o programa de incentivos fiscais, que resultaram em um ambiente de confiança aos investidores. Não há dúvida que esses fatores estão contribuindo para aumentar os índices de emprego no Estado”, declarou o governador.
O Secretário de Fazenda, Marcio Monteiro, destaca que o equilíbrio fiscal possibilitou investimentos em áreas importantes como saúde, educação e segurança pública, além da concessão de incentivos fiscais para indústrias e comércio. Aliado a isso, em dezembro, o Estado injetou cerca de R$ 1 bilhão na economia, com as folhas de pagamento de novembro, dezembro e o 13º salário.
“A recuperação financeira em Mato Grosso do Sul tem relação direta com as ações de gestão do governador Reinaldo Azambuja. O estado aposta no círculo virtuoso da economia. O incentivo fiscal, a infraestrutura energética, os recursos hídricos, logística de transportes e equilíbrio das contas públicas dão condições para a retomada do crescimento. É preciso entender que a remuneração da produção reflete no aumento dos postos de trabalho e na geração de tributos. Esse conjunto de fatores é que forma a engrenagem que movimenta o motor da economia”, encerrou Monteiro.
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