Nesta semana, a Casa do Trabalhador de Iguatemi realizou o embarque de 88 indígenas que partiram para trabalhar na colheita de maçãs na empresa Rasip, em Vacaria(RS). Embarcaram 42 trabalhadores da Aldeia Sassoró e 46 da Aldeia Jaguapiré, ambas situadas no município de Tacuru.

Já a Casa do Trabalhador de Ponta Porã organizou recentemente o embarque de 46 indígenas que também partiram para atuar na colheita de maçãs na empresa Rasip. A informação foi repassada pelo gestor da Casa do Trabalhador, Álvaro Bittencourt.

Na semana passada, segundo informações de Clécio Tina, gestor da Casa do Trabalhador de Dourados, foi efetuado o embarque de 46 trabalhadores indígenas da reserva indígena Jaguapiru para a empresa Frutini, em Vacaria/RS.

Essa iniciativa visa proporcionar oportunidades de trabalho e renda para as comunidades indígenas, além de atender à demanda da empresa por mão de obra durante a safra, destacando-se a importância da colaboração entre diferentes setores para promover o desenvolvimento econômico e social na região.
A Fundação do Trabalho (Funtrab) é responsável pelo cadastro, intermediação de mão-de-obra e encaminhamento ao trabalho. Desde 2015, o Governo do Estado, por meio da Funtrab, vinculada à Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), assumiu a função de cadastro e encaminhamento dos indígenas para as empresas integrantes do setor produtivo da cultura da maçã da região Sul do país.
O trabalho na cadeia produtiva da maçã consiste em duas etapas: primeiro acontece a poda e o raleio; depois, a colheita, a seleção e o encaixotamento das frutas. As contratações também podem se estender para outras ocupações da atividade, como operadores de máquinas, tratoristas, dentre outras.
A Funtrab orienta as Casas do Trabalhador para que realizem o atendimento com entrevista pessoal, cadastro no sistema SINE, baixa da CTPS Digital e emissão da carta de encaminhamento a ser apresentada na empresa contratante, visando assegurar todos os direitos trabalhistas. O objetivo é evitar o recrutamento de trabalhadores apenas como diaristas e sem vínculo formal de emprego, assim como impedir o aliciamento clandestino de indígenas feitos por intermediários ou empreiteiros de mão de obra.
Cláudia Yuri, Funtrab